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domingo, maio 09, 2004

Sim, sim, mea culpa, que eu não me fiz entender:

o noas está... adormecido. Sonhando profundamente, perdido em algum canto do reino.

Tão perdido, na verdade, que alguns diriam que ele está morto, mas isso seria excessivo (ou deturpado?) simplismo.

O que são, afinal, vida e morte?

Então, para todos os efeitos, noas está profundamente adormecido, como uma noiva...

Minutos (minutos mesmo) depois do post anterior, todas as minhas (más) expectativas foram postas em xeque.

Sei de mais nada não.

sexta-feira, maio 07, 2004

Eu fiz a coisa certa ao não usar óculos até agora há pouco.

Fui até o banheiro para ter um pouco de silêncio e vi a coisa mais impressionante, que foi o sol brilhando por entre os galhos de uma das muitas árvores enormes que cercam o prédio. O vento frio que entrava pela janela basculante parecia soprar suave para dentro da minha cabeça quente.

Desci e fui sentar-me perto da torneira no final do canteiro da entrada – um lugar meio escondido, reservado, de onde se pode ver as tais árvores por inteiro. Pelo menos uns quatro tons de verde sobrepunham-se, conforme o sol atravessava com mais ou menos sucesso as copas densas. Eu pus os óculos para poder ver as coisas como talvez elas devessem ser, e imediatamente pensei em pintores famosos, e em como eles têm de estar atentos a detalhes como esse, e pintar folha por folha, para obter um efeito pelo menos semelhante.

Voltei para sala menos por vontade própria que pelo fato de, uma vez que meu chefe foi legal bastante para desconsiderar meu segundo atraso consecutivo, o mínimo que eu deveria fazer seria permanecer no meu canto. Mas não estou conseguindo escrever uma linha, não a respeito do que eu deveria estar escrevendo.

Penso no noas, neste momento, e no motivo de seu nascimento, que, por sinal, não se encontra muito distante. Penso, mas... mas...

Tudo são impossibilidades.

A vontade de chorar é infinita, mas eu falo sério quando digo que não sei mais fazer isso. Quer dizer, só com finais de filmes, capítulos de seriados e coisas do tipo. Por mim mesmo, ou por meus sofrimentos... nuh-huh. Estou como muitas pessoas que conheço, que fazem pouco dos meus sofrimentos. Mas ainda falta um pouco para que eu chegue ao patamar de algumas outras que pura e simplesmente acham graça nas coisas (sérias) que digo.

Er... sentirei saudades destes parágrafos confusos.

Mas isso tudo já foi dito, não foi? Dito e repetido ao longo dos meses. Talvez sem muita surpresa, é preciso encarar o fato de que não parece haver mais meios diferentes de dizer o que importa. “Parece”, porque, pela lógica, deve haver: a vida não pode reduzir-se a uma única impossibilidade, pode? Ela é feita de um sem-fim de impossibilidades. Esta é apenas a mais recente.

Ou devo continuar tentando? Honestamente, não sei.

Resta assumir que em momentos como este é que eu tenho certeza de que amo, sim, e não apenas me encanto ou lust after, ou sei lá como se diz isso em português. É um amor daqueles que o tempo curte (dois anos!), e a proximidade exarceba, e as muitas incertezas fazem oscilar, e cuja soma final é um imbróglio, ao invés de um sentimento saudável unindo duas pessoas em torno de um mesmo objetivo.

E nem todos os erros foram culpa minha. E nem todas as situações esquisitas foram culpa minha. E nem todas as palavras que eu quis dizer puderam ser ditas ou quiseram ser ouvidas, tenha eu me expressado em português claro ou obscuro.

Por sinal, talvez seja melhor parar de escrever em português, e dar um tempo para que idéias e situações novas surjam. Línguas novas, também, por que não? Quem sabe não seja o momento de tentar um blog em iídiche? (Hoje vi uma picape com dois adesivos: a bandeira de Israel e um outro em que se lia "meat is murder". Não vi quem dirigia, mas poderia ter sido eu mesmo, diretamente vindo de alguma realidade paralela mais feliz.)

O mais certo, entre tantas dúvidas, é que é grande a vontade de encerrar (por ora ou não) minha oração das três da tarde, que, por sinal, é o que noa quer dizer.

Espero que D-us a tenha ouvido, já que os ouvidos humanos aos quais ela originalmente se dirigia me parecem moucos, e que a resposta, desta vez, não seja “não”.

Não tenho mais estrutura para tanto "não".

quinta-feira, maio 06, 2004

Prezado fiel ou eventual leitor,

deixa eu explicar a sua situação:

1) Se você não sabe quem é Ben Kweller, você dificilmente entenderá porque isto me impressiona.

2) Se você nunca viu um amigo de trabalho seu virar popstar, isto não vai significar nada pra você.

3) Se você está vindo aqui pela primeira vez, é bem provável que seja também a última, a menos que você tenha curiosidade ou tempo suficiente para realizar uma exploração mais detida de meus arquivos.

Esta, leitor(a), é a sua situação.

Agora você poderia, por gentileza, retornar o favor e explicar a minha?

Estou com um soneto entalado na garganta.

Sei que isso soa estúpido, mas ele está lá, empacado nos tercetos, há dias.

O pEor é pensar que ele talvez pudesse ser terminado em minutos, se eu pudesse "fingir ser dor a dor que deveras sinto", mas não dá.

...

Er, por que é que me parece inapropirado quando meus posts vão caindo pro confessional??

-- Because you fear conceited and supercillious people might use your honesty ill.

Ah, é mesmo, eu tinha esquecido...

Fescenino, no mínimo, se eu fosse sincero, mas a verdade é que eu não sei se entendi muita coisa.

Das últimas cinco ou seis horas, digo. Tirada a média dos momentos muito altos e muito baixos, acho até que foram boas. Foram boas? Foram?

Se eu as narrasse aqui, eu teria que ser fescenino.

Teria "que" ou teria "de"?

Isso sim é dúvida digna de discussão.

Agora, digno de nota é o fato de que descobri, entre outras coisas, no episódio de hoje de Without a Trace, que agentes especiais do FBI também choram em situações-limite.

Me choca quando em algum seriado americano que não seja Oz ou Six Feet Under aparece algo humano.

quarta-feira, maio 05, 2004

Maio, 2004.

Por tudo que ele não se tornou, eu me vejo obrigado a pensar seriamente na hipótese do noas não ver seu primeiro aniversário como meio ativo de publicação (do quê? de quem?).

Ainda mais agora, agora que parece ser o último minuto! Ou será que D-us só vai responder esta minha longuíssima prece na última das últimas frações de segundo?

terça-feira, maio 04, 2004

Isto é uma amálgama de palimpsestos.

Este post mesmo, por exemplo, está sendo começado pela quarta vez. Parece que tudo que eu tenho para dizer neste momento é inadequado, por um motivo ou por outro.

Parece haver, dentro de meu crânio, uns três ou quatro cérebros comprimidos, tamanha a pressão. Detalhe: comprimidos e gastos, pois que nem somados aproximam-se da capacidade de raciocínio de um terço de cérebro saudável.

Ainda assim, ontem eu cheguei em casa quase feliz. Ou terá sido domingo? Não me lembro. Aliás, acho que foi tipo um lampejo, não felicidade de fato. Felicidade de fato (acho) não existe.

Acordei hoje (ou ontem?) de muito mau humor, com ou sem hífem, não sei.

Explodo, se não me cuido, isso é certo.

Em bom e claro português: postar chapevers é fox.

Capital da Venezuela!

No fim, vetei.

Ah, que post esquisito, essa história de ficar querendo pôr a mão na barriga alheia?

Sem condições.

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